A pandemia global obrigou cidadãos de todo o mundo ao isolamento e deixou as cidades quase sem gente. Mas o cenário deserto nem sempre significa ausência de vida. Em vários municípios além-fronteiras, animais habitualmente confinados a parques urbanos têm sido avistados a passear nas ruas, em busca de comida ou simples exploração do espaço. Javalis nos passeios de Barcelona, pavões no centro de Madrid ou patos nas fontes de Roma. Por cá, os relatos de situações semelhantes são ainda pontuais, mas “é expectável que também cresçam”, antecipa Nuno Oliveira, presidente do Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens (FAPAS). O fenómeno não deve, no entanto, suscitar qualquer preocupação: “Não há qualquer risco nem para os animais nem para as pessoas.”