Um par de binóculos, uma dose de paciência e – mais importante – silêncio. “Porque elas conseguem ouvir-nos”, garante o guia. Escondidos no observatório junto à lagoa Principal, apontamos os binóculos às janelas que dão para as pequenas ilhas cobertas de vegetação. Aninhados à beira da água, casais de patos-colhereiros, marrequinhas e alguns exemplares de perna-vermelha aproveitam o sol da manhã. Se sabem que estamos ali, a poucas dezenas de metros, não parecem importar-se com isso.