Quanto mais a ação humana domina o planeta, mais as outras espécies estão em risco, indicam os números da biodiversidade, cujas ameaças se manifestam em Portugal na flora e em espécies de aves e peixes de água doce.
O diagnóstico, a propósito do Dia Internacional da Biodiversidade, que se assinala no sábado, é do ativista Paulo Lucas, dirigente da associação Zero, que em declarações à agência Lusa alertou que a flora portuguesa está numa “situação gravíssima”, com “dezenas e dezenas de espécies com estatuto de proteção”, mas que estão fora das áreas classificadas, como as áreas protegidas e as de Rede Natura.
Na fauna aponta a situação problemática dos peixes de água doce, “fortemente ameaçados” pela falta de água que avança o ritmo das alterações climáticas, “destruição de margens e introdução de espécies exóticas, que proliferam muito mais e normalmente são grandes predadores, como os achigãs e peixe-gato”.
As aves também estão “numa situação muito complicada, sobretudo as aves estepárias, que dependem de um modelo de agricultura “cerealífera extensiva, com rotação de pousio e alguma pastagem.