Um dia antes de pegarmos a estrada para a Reserva Ambiental Municipal de Gran Mojos, no distrito de Beni, em Trinidad, cidade boliviana que faz fronteira com o estado de Rondônia, choveu por horas. Nem mesmo o extremo calor do dia seguinte, 38º C, foi suficiente para secar o percurso de terra que nos levaria ao encontro das araras-de-garganta-azul que vivem na região – era tanta lama, que ficamos atolados por cerca de 3h. Endêmicas da Bolívia, estima-se que apenas 250 delas vivam em liberdade no mundo. O avanço humano em seu habitat natural e o tráfico de animais são as principais ameaças à espécie que corre sério risco de extinção.
